quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

A canalhice acompanha o Brasil. Até quando?

Efetivamente não dá mais para suportar o que acontece neste país. E como muitos concordam o tema é enfadonho pelo lenga-lenga nos acontecimentos, a maioria dos maus políticos e gestores acaba escapando ou mesmo após de julgados e presos são soltos rapidamente. É uma lástima. A população tentando sair da crise, melhorar, trabalhar e, por outro lado, os políticos preocupados em se livrar das acusações de ilicitudes diversas, os gestores loteando cargos públicos em troca de votos, comprando a liberdade de políticos envolvidos com ilícitos através de votações espúrias, com muito dinheiro em emendas parlamentares. 

Em todos os setores controlados pelo Estado nós encontramos muitas falhas. Basta uma rápida olhada para a área da Saúde, da Segurança Pública, Educação, para ver o quanto estamos dominados. O crime organizado começa a expandir os seus domínios por todo o país. Assaltos a bancos, homicídios, chacinas, tráfico de drogas, acontecem cada vez mais em uma escalada vertiginosa, tanto que a polícia se encontra em desvantagem de pessoal, de equipamentos, armamentos e de leis que a resguarde para que possam agir. O Estatuto do Menor é uma brincadeira, pois serve de incentivo ao crime e dá asas à impunidade. O Estatuto do Desarmamento impede que cidadão de bem possam exercer o seu direito à defesa. Assim, os criminosos agem na certeza de que a polícia não os conseguirá deter e que sempre encontrarão cidadãos comuns indefesos. 

O tal do foro privilegiado é em nosso entender um entrave para a moralidade, para o bom andamento da justiça e principalmente para a Constituição Brasileira, que diz claramente que todos os brasileiros são iguais perante a lei.

No Brasil, a Constituição Federal de 1988, previu o princípio da igualdade de forma expressa em seu art. 5º: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade […]”. Mas todos nós sabemos que isso na realidade não funciona. Aqueles que possuem mais dinheiro ou poder conseguem sempre todos os inúmeros benefícios que a lei concede para todos, usam os recursos de forma a terem, por muitas vezes, o seu processo extinto, melhor dizendo, prescrito. E outras pessoas, por não possuírem altos cargos, poder, prestígio ou simplesmente muito dinheiro, são condenados rapidamente ou ficam jogados no falido sistema prisional brasileiro, passando muitas vezes anos na prisão sem ter acesso nenhum à defesa.

O maior dos problemas, entretanto, está centrado na classe política, que detém o direito de legislar (muitas vezes em causa própria). O número excessivo de políticos e suas estruturas em todo o país representam despesas incalculáveis, que nada condizem com as possibilidades do Brasil. E mesmo assim parece (entre eles, políticos) que nada está ocorrendo neste sentido. Pelo contrário, aumentam as benesses, usam os jatinhos da Força Aérea Brasileira como os cidadãos utilizam táxis, com a diferença de que os cidadãos pagam os transportes.

As reformas propostas, quando sérias, são esvaziadas rapidamente pelos políticos. Neste ano de 2018 podemos adiantar um quadro de muita movimentação pelo interesse das eleições, nada mais. E aliado a este conjunto todo teremos o Carnaval, a Copa do Mundo, mais de 16 feriadões para amenizar a “crise”... 

Como esperança temos a justiça, que através da operação Lava-Jato, Ministério Público, Polícia Federal, têm se esforçado muito para mostrar e fixar na mente do brasileiro que houve mudanças. Pelos menos com alguns, das centenas de criminosos de colarinho branco, devidamente enjaulados como merecem estar.




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