quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

O que existe do outro lado da vida?


Uma interrogação que nos acompanhará para sempre. Muito embora haja várias explicações, provenientes de doutrinas diversas, é sabido que Jesus disse “na casa de meu pai há muitas moradas” (João, 14), o que me leva a racionar da seguinte forma. Dependendo do grau de evolução de cada um de nós, a morada será em determinado nível, esfera. Em meu modesto entendimento acho que dificilmente, depois de nossa grande viagem, encontraríamos todos os nossos conhecidos desta efêmera e célere passagem terrena. Muitas pessoas escrevem sobre as vidas passadas, quem poderíamos ter sido em vidas anteriores, como reconhecer almas gêmeas e assuntos correlatos. Minha reflexão é, entretanto, sobre o que encontraremos em nossa próxima existência.

Estou agora sem nenhum ascendente em minha família, no que diz respeito a meus pais, que não mais estão conosco e todos os meus tios e tias. E em minhas reflexões isso tudo gerou certa e natural ansiedade, pelo fato de não sabermos o que nos aguardará em nossa próxima vida. Tenho certeza íntima de que há mesmo vários mundos. Costumo idealizar, para fins de conversas sobre o assunto, uma figura de um globo terrestre, com múltiplas camadas superiores. As definições de quais pessoas iriam para essas camadas seriam baseadas pelos avanços que tenhamos conseguido em nossa vida terrena. Tal fato explicaria, por exemplo, por que motivo espíritos mais evoluídos não têm mais nenhum contato ou vínculo conosco. Esses espíritos estariam em uma esfera mais elevada, sem a necessidade nenhuma dessas ligações e se aproximando cada vez mais da energia suprema, do que poderíamos chamar de Deus. Seriam então os espíritos de luz. Por outro lado existiriam outros níveis, “moradas”, cuja possibilidade de eventuais contatos mediúnicos, por exemplo, seriam possíveis.   

Em uma concepção própria, associei os conhecimentos existentes em nosso cérebro, nossas conexões, aquilo que armazenamos ao longo de nossa existência terrena. Dessa forma o nosso espírito estaria intimamente ligado à nossa mente, como um dispositivo fantástico de armazenamento de dados. Mas a pergunta é essa: e quando morremos o que acontece? Penso que a maior parte dos dados ficaria perdida, particularmente aqueles ligados a assuntos considerados banais para a essência do espírito. Mas o que restaria então? Penso que há uma cópia de segurança apenas dos fatos significativos de nossa existência, ou seja, aquilo que realmente poderíamos reutilizar. Um “backup”, como nós podemos fazer em nossos computadores, mas no caso humano uma imagem dos principais dados ficaria gravada em nosso espírito.

Uma planilha espiritual. Tal qual organizamos nossas vidas durante nossa passagem pela Terra, deve haver um controle espiritual individualizado para uma espécie de pontuação por nossas ações. Os resultados seriam logicamente as indicações para as moradas que ficaríamos após nossa Grande Viagem.   

Mistério, essa é a palavra fundamental. O meu pai, que lia bastante sobre o assunto e conversava com as outras pessoas sempre que podia, achava que “no dia em que o homem descobrisse a origem da vida e o fim da vida” o mundo ficaria insustentável. Para ele o homem nunca chegará a respostas definitivas, apesar das inúmeras teses, pensamentos e doutrinas sobre o tema. E eu concordo com os pensamentos dele. 

Há anos que se fala sobre a possibilidade de os deuses que possivelmente visitaram a terra terem sido astronautas, vindos de outros mundos. Podemos acreditar nessas teses e nessas evidências, sem que nossas convicções religiosas sejam abaladas? Em meu entendimento sim! A concepção de Deus está muito longe do alcance do ser humano. Portanto, a criação da vida terrestre através do povoamento de diversos locais com diferentes raças é perfeitamente possível. Tudo controlado por Deus.  


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