sexta-feira, 28 de novembro de 2014

De onde viemos e para onde iremos?

No evangelho de João está escrito “na casa de meu Pai há muitas moradas”... O que isso significa? Existem muitas explicações e interpretações. Depois de pensar neste assunto desde jovem, ter lido sobre o Espiritismo e meditar por vezes sobre nossa existência, estou propenso a crer, de verdade, que há outros planos espirituais. E que a existência apenas do Céu e do Inferno é uma maneira de classificação muito simples, criada pelo homem, para explicar como será a vida depois da morte. O assunto é bem mais complexo, tenho certeza disso.

Vivendo e aprendendo

Nascemos com uma mente e passamos a vida desenvolvendo nossos aprendizados, pensamentos, teorias, raciocínios, ideias e conceitos. Porque se fosse diferente e Deus, por exemplo, quisesse que nós simplesmente acreditássemos em tudo, Ele nos teria feito com uma memória pré-definida, não teríamos o livre arbítrio e seríamos muito parecidos com robôs...

Desse modo não se perturbe se às vezes você questiona este ou aquele conceito. A fé, comprovadamente, tem que ser cega. Ou seja, se você acredita em algo, alguma coisa, aquilo sempre será a sua verdade absoluta. Mas e quando duas pessoas dizem que têm “certeza” sobre um assunto e possuem pensamentos antagônicos? Uma delas estará fatalmente errada, ou não é assim?

Gostaria de questionar mais e mais de onde viemos, se nossos espíritos vieram “zerados de fábrica” ou se já foram utilizados por outros seres em esferas e planos anteriores. Boa pergunta, mas difícil responder, principalmente com convicção ou com provas... Na falta de uma resposta concreta admito que as duas formas possam ser encontradas. Uma criança pode nascer com um espírito “novo”? Ou nascerá com espíritos de outros seres? Se admitirmos que nasçam com espíritos “usados” esses devem ter vivido outras vidas. E anteriormente a essas vidas? Não chegaremos nunca a uma conclusão. Seria uma repetição do dilema sobre o ovo e a galinha: quem nasceu primeiro?

O que são os Dogmas?

Dogma é um termo  de origem grega que significa literalmente “o que se pensa é verdade”. Na antiguidade, o termo estava ligado ao que parecia ser uma crença ou convicção, um pensamento firme ou doutrina. Posteriormente passou a ter um fundamento religioso em que caracteriza cada um dos pontos fundamentais e indiscutíveis de uma crença religiosa. Dogmas são pontos inquestionáveis, uma verdade absoluta que deve ser ensinada com autoridade. Além do cristianismo, os dogmas estão presentes em outras religiões como o judaísmo ou islamismo.

Então serei punido se raciocinar sobre a verdade ou não de um dogma? Acredito que não. Primeiramente porque as religiões são diferentes, todas criadas pelo homem, com suas naturais falhas. E se até mesmo os conceitos do Bem e do Mal podem divergir, dependendo da cultura ou do contexto, podemos fazer também nossas interpretações.

Na prática eu procuro ter um raciocínio analítico. Nem sempre fui assim, mas a idade da razão nos propicia muitas transformações. Pensar e analisar sobre assuntos que não compreendemos de imediato e que talvez nunca cheguemos a seu alcance. Mas respeito todos aqueles que pensam diferentemente de mim. Que cada um exercite seu raciocínio, que nos foi dado pela vida, da forma que acha justo e coerente. Um dia saberemos qual será a verdade absoluta. Temos um caminho a percorrer. É a nossa viagem pela Terra. Certamente não estamos sozinhos no Universo. 

  

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